O DIÁLOGO COM OS ESPÍRITOS
Reflexão: Silencie para escutar Deus


Uma reunião mediúnica espírita é mais uma escola em que os próprios encarnados aprendem (pelo convívio entre si e com os desencarnados), muitas verdades e leis do mundo espiritual, para trilharem o bom caminho. 

Ao dialogar com os Espíritos, temos por objetivo: 

1. aprender com os bons, gozando de sua convivência amiga e edificante; 

2. confortar e esclarecer aos necessitados, aprendendo quer com o seu exemplo infeliz, sofredor, como com a sua recuperação. 

Existe um modelo para o diálogo esclarecedor? 

Não, pois o grau de evolução dos Espíritos comunicantes e as situações no intercâmbio com eles variam muito. 

Quando se trata de espíritos esclarecidos e benévolos, o diálogo é natural, fraterno e seguro, gratificante e proveitoso. 

Quanto aos espíritos necessitados de assistência, uns entendem rápido o que dizemos, outros, têm dificuldade para compreender. Uns precisam mais de palavras carinhosas; outros, de vibrações boas do ambiente; outros, de algum conselho ou esclarecimento; e outros de serem tratados com energia serena e construtiva. 

Todos, porém, são carecedores de compreensão e tratamento adequados, cada qual na dor ou no problema em que se exprimem, exigindo paciência, entendimento, socorro e devotamento fraternais. 

Kardec soube, com proficiência e rara habilidade, falar aos Espíritos, tendo o objetivo firmado de colher frutos benéficos para a humanidade. Com paciência, perseverança, ordem e método, colheu e ordenou, do diálogo com os bons Espíritos, a Doutrina Espírita; e a muitos Espíritos necessitados esclareceu, confortou, reencaminhou. 

Diz, também, que os MÉDIUNS ESCLARECEDORES são mantidos, na reunião, sob a condução e inspiração dos instrutores e benfeitores espirituais e utilizados para o ensinamento ou o socorro necessários aos Espíritos comunicantes. 

O diálogo com os Espíritos compete, pois, ao Dialogador (ou médium esclarecedor) porque: 

1. tem as qualidades e preparo para o diálogo, que é imprevisível;

2. para ele convergem, na reunião, a assistência e a atuação dos Espíritos orientadores.

Qualidades que o esclarecedor deve ter 

1. Formação Doutrinária Sólida: Com apoio nos livros de codificação Kardequiana; 

2. Autoridade Moral: Só a ela os Espíritos respeitam. Sem pretender ser "santo" mas fazendo sincero esforço pelo seu próprio aperfeiçoamento;

3. Fé: Que seja uma fé espírita, isto é, raciocinada e sincera;

4. Amor: Sincero desejo de ajudar, que até aos ataques e vibrações contrários responde com amor e nos leva a nos colocarmos no lugar do sofredor ou rebelde, para entendê-lo e poder auxiliá-lo;

5. Qualidades outras também desejáveis: 

a) paciência (saber ouvir, suportar, esperar); 

b) vigilância (de si mesmo, o que pensa, sente, supõe ou intui; 

c) energia, na hora certa (atitude firme sem ser agressiva nem contundente);

d) prudência (não provocar nem desafiar); 

e) humildade (não se julgar superior ao comunicante.

Exige-se-lhe, ainda, um largo conhecimento doutrinário e do Evangelho pois que estes serão a fonte supridora de onde emanarão suas orientações.

Influência do grupo no diálogo 

O esclarecimento aos desencarnados sofredores é semelhante à psicoterapia e a reunião é tratamento em grupo. 

Mesmo que não seja médium (de incorporação, psicografia, vidência, audição, etc) o seu concurso será sempre valioso, porque estará dando ao ambiente espiritual da reunião a sustentação psíquica, vibratória, fluídica. Será um elemento de sustentação (ou de apoio).

Assim, na reunião mediúnica, todos os participantes devem: 

1. não se render ao sono nem se deixar desdobrar, saindo espiritualmente do ambiente (a não ser quando necessário às tarefas da reunião);

2. manter silêncio, oferecendo ao esclarecedor e aos médiuns sustentação psíquica, vibratória, fluídica;

3. atender aos apelos de maior cooperação mental que o dirigente fizer, quando ela se mostra necessária;

4. manter simpatia e solidariedade na alma, ante cada Espírito comunicante (jamais idéias de censura, crueldade, ironia ou escândalo), para que o necessitado encontre apoio real no socorro que lhe esteja sendo ministrado. 

 

Perguntas 

1. Quais são os objetivos que devemos ter, ao dialogar com os Espíritos?

2. Cite quatro qualidades básicas que o esclarecedor deve ter.

3. Qual a influência do grupo no diálogo?